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Foto do escritorAdriana Dias Titton

Minha experiência pessoal de Rolfing® Integração Estrutural como “cliente”



Passei pelo processo de Rolfing® IE, como cliente pela 1ª vez em 2014 e 2015. Nessa época, já estava vivendo um processo pessoal intenso de abertura, busca e mudança de rumos na vida, iniciado dois anos antes, através do qual meu corpo passou a ter uma nova dimensão – muito mais ampla e significativa. Eu, que sempre fui muito “mental”, comecei a sentir o que é “habitar o corpo”, utilizar as informações do meu corpo e sensações para me orientar.


No final da 1ª sessão de Rolfing® IE, me lembro de ficar muito surpresa ao perceber que algo no meu corpo tinha ido para o “lugar certo” sem precisar ser um exercício mental e de monitoramento/controle meu. Ir às sessões foi sempre uma experiência prazerosa pelo processo de descoberta e possibilidade de maior contato com meu próprio corpo e, ao longo das sessões seguintes, houve várias mudanças físicas marcantes: uma sensação de alinhamento passando por dentro do corpo; a sensação das partes do corpo apoiadas umas sobre as outras de forma mais solta e com menos tensão; a descoberta de poder “relaxar” meu peito e o impacto disso na qualidade da minha respiração; o desaparecimento total da dor lombar que eu sentia; ao praticar corrida, passei a sentir de forma mais clara e ter mais consciência do meu corpo e movimentos e a corrida passou a ser muito mais prazerosa e exigir menos esforço, em função do maior alinhamento do corpo e “independência” dos movimentos das diferentes partes do corpo.


Em termos de efeitos mais amplos na minha vida e no meu jeito de ser, me lembro de que essa foi uma época em que comecei a me sentir mais próxima das pessoas (antes eu tinha a sensação de estar dentro de uma espécie de “redoma” de vidro que me impedia de me aproximar e de deixar as pessoas se aproximarem mais), mais leve, curtindo mais a vida, mais sorridente (a ponto de outras pessoas comentarem também).


O aprofundamento do processo em sessões com outros Rolfistas™ e vivenciar novamente o processo das 10 sessões durante a Formação em 2016 teve impactos ainda mais profundos em mim. Durante as sessões, comecei a perceber as sensações dentro do meu corpo de forma muito mais clara e em regiões mais profundas. Intensificou-se a experiência de “habitar o corpo”, que nomeio como sensação de “recheio” (e que associo a minha “essência”, o lugar em mim que “sabe”). Fisicamente, percebi mudanças também mais profundas no meu corpo – melhor organização e alinhamento. Fui descobrindo também novos níveis em que eu me “segurava” em tensões, não me permitindo descarregar o peso do meu corpo. Foi muito interessante perceber que, entre uma sessão e outra, meu corpo continuava a “trabalhar” (e era muito clara a sensação de movimento/mudança em regiões mais profundas). Como efeito, na minha vida, o estado de abertura foi se intensificando e aparecendo de diferentes formas: olhar para as pessoas e situações menos presa a imagens “fixas” e/ou antigas e mais aberto para as percepções do momento presente; maior abertura e necessidade de experimentar o novo (ao invés da preferência pelo conhecido e seguro); necessidade de abrir novos espaços na minha vida para poder expandir (a imagem que eu tinha era a de estar passando pelo processo de “muda”, como o de alguns animais que precisam trocar de pele para crescerem); prazer muito maior no viver e sensação muito mais intensa de plenitude.


As descobertas e o prazer de me sentir cada vez mais conectada comigo mesma e com os outros a partir do meu corpo e, assim, muito mais presente na vida, continuam a me encantar. E poder fazer disso meu trabalho, contribuindo para o processo pessoal de outras mulheres e homens tem sido um presente de imensa beleza pelo qual me sinto imensamente grata!

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